Quem sou eu

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Sobre seres "humanos" e atitudes do ser...

domingo, 4 de dezembro de 2011

O que merecemos?




Sinto falta de casa... Por que tudo tem que ser tão difícil? Encontrei o amor? Sinto-me cansada, desta montanha-russa que é minha vida. Não suporto mais ser um joguete, com o qual joga a vida. Necessito ter o controle, afinal, quem sou eu? Tenho por vezes a impressão de nunca ter tido este tal controle. Parece que sempre cantei a música; “Deixa a vida me levar, vida leva eu...”. Não posso ser mais esta, esta qual sempre fui toda a vida mais que não sou eu! Dizer que gostaria de viver em mim mesma... Não existe! É tudo muito simples; eu só queria poder viver e sentir livremente, agora tudo muda de figura, porque este mais simples, significa o mais complexo, significa uma busca incansável do ser humano ao longo do tempo. Ser livre? O que significa de fato, ser livre? Me sinto como um pássaro, que desde muito cedo teve suas asas cortadas. E nunca pode, nunca sentiu, o livre voar. Quando olho para trás, só o que vejo, é o quanto me foi tirado, arrancado, roubado! Primeiro, minha inocência, depois minha juventude... E não foi a vida que me roubou isso, foram seres humanos! Quero dizer que creio em Deus, e não sei por que digo isso, agora. A verdade é que nunca fiz nada de mal para merecer a vida que tive! E Deus me deu isso, por que fui tão castigada? Difícil entender a vida, as pessoas, os acontecimentos, vamos ver se tem explicação: Desde o dia que passei a existir, fui abusada por meu próprio pai. Quem me explica isso? Deus? Responda-me! Por quê? Vi este mesmo, “pai”, espancar minha mãe. E a partir daí, começou toda a rebeldia, fui uma filha péssima para minha pobre mãe, pobre, pois também não teve muita “sorte” na vida. Não me recordo muito bem, mais creio que com nove, com nove anos fui morar com uma tia, irmã de minha mãe, fui viver em Belo Horizonte-MG, uma linda família, diga-se de passagem. Três primos e uma prima. Meus primos me batiam, suficiente, para eu enxergar que aquele não era o meu lugar. Este ano foi o meu primeiro natal, que tenho boas lembranças, ganhei bons presentes e fui feliz, mesmo apanhando. Chorava todas as noites querendo voltar para casa. Quando minha mãe veio me visitar, voltei com ela a minha cidade. Todos os finais de semana, tínhamos que ir passar com meu “pai”. Eu odiava isso, significava mais abuso. Meu dito, pai, que me abusara desde sempre. Muitas de minhas memórias de infância, contem abuso. Não tenho memórias diferentes disso. Hoje, encontrei uma realidade muito diferente daquela que um dia conheci e me foi apresentada tão maldosamente... Longe das pessoas que me faziam mal, recomeço uma vida, distante da que me foi apresentada e da qual pensei que jamais me libertaria.  Comecei o texto: Sinto falta de casa... Hoje minha casa, não é a mesma, não é a pátria que me pariu. Mas é uma que me recebeu de braços abertos e sem traumas, me fez renascer para uma nova vida. Hoje tenho uma família que não me abusa, não me acusa e me quer muito. Tenho a esperança de felicidade e a vivo como pensei que jamais a viveria. E aprendi que a felicidade não é uma constante, mas são momentos, que construídos com amor e bondade... Te proporcionam a benção de poder dizer... Eu sou feliz!!! E saber que podemos passar por cima de todos os obstáculos e possíveis depressões, que vem com o objetivo de destruir-nos, como pessoa com esperança na condição de espera! Perdão e Obrigada Senhor! Obrigada Família! Obrigada AMOR!